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Larissa,
Prometo que em breve vou fotografar o descampado, e juro que vou tentar captar imagens dos "mortos", das sereias e dos cavalos imaginários!
Um grande abraço,
Usha
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(Gente, quem não teve a sorte de passar a infância em Brasília não pode deixar de ler o trecho da carta da Larissa, abaixo.)
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A entrada da quadra
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O bloco E da Larissa!
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Acordei super nostálgica, com muita saudade de Brasília, da maravilhosa fase em que morei aí.
Suas fotos são lindas, o blog é delicioso; Brasília sempre será meu grande amor.
Morei de 1986 à 1993 na 216 norte onde vivi uma das minhas melhores e mais divinas experiências na Terra, a infância, num grande parque verde, com o mas belo céu, com o lago norte próximo, com uma área verde bem grande fazendo limite da quadra com o lago, subindo em pés de ingá (passando as tardes com seus coroços adocicados e macios na boca) e de jamelão, com suas frutinhas deliciosas que deixavam a língua roxa. Ah, que saudade absurda! E sei que não é "só" saudade de infância.. é saudade de ter podido viver num lugar tão abençoado.
Hoje moro no interior de SP. Claro, a alma se acostuma, se habitua, graças à Deus, quem aguentaria se não fosse assim, não é? Mas nada, nada se compara à beleza e as cores e A ALMA de Brasília.
Vi que você fez uma foto de um mamoeiro na 216 norte! Você já foi lá no descampado (se é que ele existe), que faz limite com o lago? Lá, eu e meus amigos achávamos que tinham sido enterrados mortos e que se podia ouvir o canto da sereia, além de andar de cavalo imaginário por entre os pés de amora.
Usha... MUITO OBRIGADA! A sua sensibilidade perante minha saudade foi uma aconchego, uma surpresa mto especial. Quando pedi à você uma foto, não pensei que disso nasceria uma postagem tão bacana - não pq é minha carta, mas pq demonstra o quão artista você é, o que de bom pode nascer qdo a gente é espontâneo com alguém...
ResponderExcluirVocê e Brasília formam uma grande dupla! :-))) Deus abençoe!!!
É engraçado...
ResponderExcluirNão nasci em Brasília, mas por desígnios dos céus vivo aqui. E vejo, nessa carta, os mesmos traços dos sentimentos que me embalam nesse pedaço de chão que envolve, acalanta sonhos e, de fato, planta fundo no peito essa saudade de coisas que aqui se vive e que ainda não foram vividas... mas ficam ali, à espreita, esperando um pequenos descuido para acontrecerem.
Assim é Brasília.
Vocês conseguiram captar isso e, que felicidade, transmitir de forma tão leve, tão profunda.
É Brasília, enfim. Terra de todos os brasileiros.