Quando alguém me pergunta por que eu paro no meio da rua, num local difícil de estacionar, mesmo estando atrasada para um compromisso, só para fotografar uma parede que amanhã estará no mesmíssimo lugar, eu sempre respondo que a fotografia não costuma dar uma segunda chance. Amanhã a parede está coberta de tinta ou de cartazes, ou foi demolida, ou está cercada por tapumes, ou a luz está feia, e assim por diante.
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Foto a gente tem que fazer na hora, senão dança. Mas essa vemaguette aí de cima foi a exceção da regra. Ontem de manhãzinha eu parei num posto de gasolina e ela estava lá, sendo carinhosamente abastecida pelo dono. Coisa mais linda. Eu estava com a câmera na bolsa, mas, como costumo acordar meio anti-social, não me animei a sair do carro e travar com o cara aquela conversa diplomática pré ou pós-foto.
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Fiquei só olhando, sabendo que estava perdendo a oportunidade. Mas, à tarde, saí para caminhar, peguei um caminho novo... e lá estava ela, estacionada dentro de uma quadra vizinha à minha. Me dando uma nova chance.
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Bela cor em bela viatura.
ResponderExcluirO teu prefácio, Usha, é uma lição que ninguém devia jamais esquecer.
Um beijo.
Pois é, mas o engraçado foi que os acontecimentos contrariaram a lição, não é interessante? Quem diria que a foto iria "voltar para mim", colocar-se literalmente no meio do meu caminho, e no mesmo dia? Ai ai, a vida é boa... Bjão!
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