terça-feira, 12 de maio de 2009

a brasília de marcelo pereira

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Marcelo, funcionário público há pouco tempo na cidade, descobriu este blog e escreveu coisas muito interessantes... Seguem alguns trechos e algumas fotos:
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"Moro aqui há três anos, e o que gosto na cidade está exatamente traduzido nas suas fotos. Difícil definir em palavras. Mas é esse charme meio metrópole meio mato, arquitetura delirante modernista manchada por uns contemporaneismos kitschs, tudo meio que no meio do nada...
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Talvez por gostar tanto, me irritam demais o descaso com que esta cidade é tratada e o amadorismo com que os poderes públicos olham para a comunidade. Falta de calçadas, faixas de pedestre que unem o nada a lugar, falta de transporte à noite, e os carros, carros, carros, carros, carros, carros, carros...
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Que tal uma boa mobilização para que nós tenhamos a certeza de que estaremos livres para sempre da tenebrosa cicatriz, digo, mureta do eixão, que nosso secretário de transportes tanto preza e que tanto quer construir??? Nada pode ser mais deprimente, feio, degradante e anti-natural do que essa mureta..."
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Vejam as fotos que ele fez no caminho de casa para o trabalho:
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Sobre as fotos, ele falou o seguinte:
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“Foram tiradas numa tarde de janeiro, na volta do almoço... e, na sequência, é exatamente o caminho que faço da minha casa (na 403 sul) até o trabalho (no Banco Central) todos os dias. São 15 minutos que me encorajam, inclusive, a manter o tão interiorano e saudável hábito de almoçar em casa, tomar um cafezinho na varanda e tirar um cochilo de 15 minutos antes de voltar pro serviço.
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As fotos, entretanto, não fazem completa justiça a esse pedacinho de Brasília que eu tanto amo (para mim, essa história que não dá pra viver sem automóvel em Brasília é pura balela... nesse pedaço aqui, chego a ficar mais de uma semana sem tirar o carro da garagem, faço tudo a pé, tem tudo perto, bom demais!!!).
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As fotos não reproduzem o canto dos passarinhos nem os estudos de piano de algum músico disciplinadíssimo na 202, que me fazem lembrar as aulas do conservatório na adolescência, e no dia em que as tirei, não havia crianças brincando e cachorrinhos passeando, que frequentemente alegram meu caminho."
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2 comentários:

  1. Ah gente... pelamordedeus..rsrs Eu estou tomada por um pecadinho - desculpável pelo contexto: inveja. Quem mora nesta cidade é alvo da minha inveja branca (aquela que não quer o mal, não quer tirar o que é do outro, mas fazer parte daquilo que ele é parte). Marcelo, vc está numa cidade abençoada! E eu nunca tive carro eqto morava aí. Era tudo à pé (looongas caminhadas deliciosas), ou de ônibus (ainda tem "zebrinha"?).
    Mas que tal mureta é essa no eixão? não consigo imaginar... seria uma mureta na extensão da avenida?!! E alguém me diga: o eixão ainda é fechado aos domingos para o lazer?
    Um grande abraço a vcs,
    Larissa (morando hj no interior de sp)

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  2. Ainda tem zebrinha...
    A mureta é uma idéia de jerico, como dizia o meu avô. Na faixa central do eixão, de fora a fora, em toda a extensão. Já imaginou??? Coisas do secretário de transporte do GDF. Ele também quis abrir o eixão aos domingos, mas não conseguiu, a comunidade reclamou. Se deixar, o cara expulsa as pessoas e deixa a cidade só para os carros.
    bjs, Larissa!

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