uma outra brasilia 2: elas estão arrebentando

quinta-feira, 29 de abril de 2010

elas estão arrebentando

As paineiras estão maravilhosas este ano! Capricharam... Deve ser pra comemorar o aniversário da cidade e pra protestar contra a corrupção. É isso aí, barrigudas. Mais beleza! Mais árvores! Mais ética! Mais verba pra cultura! Como dizia o Tim Maia, mais grave! Mais agudo! Mais tudo!!!

7 comentários:

João Menéres29 de abril de 2010 às 19:47
Dá-lhes, que é sempre pouco !

Bj.
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Usha Velasco30 de abril de 2010 às 09:36
Verdade! E as árvores são difíceis mesmo, eu também nunca fiz uma imagem que me satisfizesse...
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Adriana Paiva2 de maio de 2010 às 15:55
Fotografei alguns belos exemplares nos dias em que passei aí. Agora, é o parto de quase sempre: editar esse material. Não consigo a "frieza" de escolha necessária.
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Adriana Paiva2 de maio de 2010 às 15:58
Em tempo: vontade deu de estar nesse seu cenário, Usha. Visitar sua outra Brasília é sempre uma viagem aos meus melhores dias na cidade.
Beijão, amiga !
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Usha Velasco4 de maio de 2010 às 16:35
Manda as fotos, menina! Bjs!!!
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Ana21 de junho de 2010 às 20:20
Me deu até um aperto no coração...
Êeee, saudade!
Gracias, chica, pela lindeza.
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Anônimo21 de junho de 2010 às 21:59
Que fato maravilhosa! Amei!
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as coisas simples da vida

Este blog é construído no dia-a-dia, de maneira despretensiosa, quase distraída, sem nenhuma intenção de gerar fotos espetaculares nem discursar sobre isso ou aquilo. Mas o retorno que recebo é tão surpreendente quanto gratificante. É o caso da crônica que Conceição Freitas publicou no Correio Braziliense. Fiquei agradecida, porque há anos sou fã do trabalho dela, uma jornalista com um olhar raro e carinhoso sobre a cidade, seus recantos menos nobres, seus habitantes mais humildes (confira no blog dela).
A crônica sobre uma outra brasília segue abaixo.

blog brasília // conceição de freitas

Fadados, como qualquer outro cidadão do mundo, a dar sentido ao sem sentido do viver, os brasilienses têm um ofício a mais: dar sentido a uma cidade que se escreve com as letras do poder. Estranha Brasília dos três poderes instituídos e que, por isso mesmo, dadas as quase insuportáveis circunstâncias, é uma cidade por quem os brasileiros cultivam uma certa antipatia. Não há um dia em que algum formador de opinião não manifeste publicamente seu desapreço pela cidade, como se a Esplanada dos Ministérios fosse ela e somente ela Brasília.

É por isso que blogs como esse são um encanto são um encanto aos olhos e um descanso à alma cansada dos brasilienses confundidos com a turma que aqui se hospeda de terça a quinta. A dona/autora do blog, Usha Velasco, tem a companhia inseparável de uma máquina fotográfica e de um olhar docemente sensível. Sai fotografando imagens que o olho cansado da rotina passa por cima e não vê.É então que se vê, como no post de 1º de outubro último, uma foto de fazer doutor Lúcio Costa chorar (ou se orgulhar ou se embevecer). Usha fotografou a calçada de uma superquadra da Asa Sul, a sombra das árvores maduras e o chão salpicado de folhas secas. Muitas árvores, um bosque, um privilégio.

A blogueira adora banquinhos das superquadras (muito poucos, infelizmente). São bem feinhos, eles. Mas o enquadramento poético da foto os transforma num chamamento ao descanso. Dia desses, Usha visitou (e fotografou) os blocos da 410 sul, os JKs, aqueles sem pilotis, construídos assim para serem mais acessíveis aos brasilienses. Já foram mais feinhos e sujos, mas aos poucos estão sendo reabilitados pelos moradores. A blogueira morou neles quando criança. “Eu achava lindo até os ratos, que, naquela época, não eram esses camundongozinhos que a gente vê hoje em dia. Eram ratazanas do tamanho de um gato adulto, e infestavam a cidade inteira. Quem morou em Brasília nos anos 70 com certeza se lembra.”

Com o olhar atento para a obra de arte que é a cidade que a gente mora, Usha captura retalhos da arquitetura de Niemeyer. No dia 16 de agosto, postou a foto da coroa da Catedral ao lado do pedestal. Só o topo dos dois, visto da pista interna. Ver a foto dá uma sensação inebriante de “nossa, é a minha cidade!”. Cada post, uma outra Brasília, que pertence a quem nela vive e dela gosta e respeita, cuida e admira. Desde a arquitetura moderna até a interferência dos grafiteiros anônimos, como os que pintaram dois pontos de ônibus na L2, na passagem da Asa Norte para a Asa Sul. Num deles, a imagem de um homem de terno, óculos escuros e a inscrição: “Políticos de barro têm colarinho branco”.

Usha Velasco segue em suas reminiscências fotográficas pela Brasília de sua infância e pela Brasília de hoje, muito menos institucional, poderosa (e podre) do que imaginam os que a vêem pelos olhos das imagens da tevê e das notícias dos jornais e dos sites e blogs. O blog da Usha diz assim: “Uma outra Brasília (a minha)”.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

elas estão arrebentando

7 comentários:

usha velasco

veja meus ensaios...

é no ínfimo...

para encontrar o azul...

veja neste blog

as coisas simples da vida

blog brasília // conceição de freitas

volte sempre