São os grilos que dão substância à minha noite.
Há latidos também, ao longe.
Todos os sons são onipresentes.
Observo a luz da noite, a mistura da luz quente dos postes com as luzes frias das portarias dos prédios. A luz da lua preenche as sombras com um tom azulado.
O ar sombrio de penumbra torna-se belo.
O relógio ao lado da cama marca quase 3 horas da madrugada. Todo ruído do mundo pulsa agora em minhas veias.
Não consigo dormir.
Fico aqui traduzindo imagens, que bobagem, as palavras não tem meios tons. Não tocam meus olhos. As imagens que vejo, e ouço, sim ecoam.
Os olhos pesam, a caneta descansa, a noite segue.
Talvez não veja a revelação do dia.
Uma observação: Seria um poeta que retrata em imagens a sua e a nossa realidade, ou será o fotógrafo que filosofa a nossa realidade cotidiana, nos obrigando a observar mais, "durante a nossa caminhada"!
ResponderExcluirEu que também sou insone, depois de um poema desse com essa imagem dá vontade de dormir ouvindo o som do silêncio.
ResponderExcluirAntonio Nepomuceno
Silvio, o Rinaldo é um filósofo mesmo. E fotografia e poesia são irmãs, não são? Eu acho que são. Frequentemente confundo as duas.
ResponderExcluirAntonio, gostaria de ter algumas de suas lindas imagens por aqui...
bjs!!!