sábado, 21 de fevereiro de 2009
ramos que esplendem
.
.
.
Esperamos a morte sem defesa.
Lúcida espera, enquanto na diuturna
cintilação, te esvais, cristal, estende-
se em silêncio e veludo, e se propaga
o musgo pelos muros da tristeza.
Curvam-se sobre nós astros e ramos
que esplendem. Soluçamos no que esplende:
o fruto, a rosa, a brisa que te apaga,
as árvores da música. Esperamos.
.
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(Ferreira Gullar)
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Esperamos a morte sem defesa.
Lúcida espera, enquanto na diuturna
cintilação, te esvais, cristal, estende-
se em silêncio e veludo, e se propaga
o musgo pelos muros da tristeza.
Curvam-se sobre nós astros e ramos
que esplendem. Soluçamos no que esplende:
o fruto, a rosa, a brisa que te apaga,
as árvores da música. Esperamos.
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(Ferreira Gullar)
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Bom dia, chuchu !
ResponderExcluirVocê me emociona aparecendo assim, em pleno feriado - e em já declarada condição "Off-Momo".
Usha, adoro essa sua série de auto-retratos ! Principalmente pela maneira como você consegue que difiram, por detalhes sempre surpreendentes, tomadas, às vezes, muito parecidas entre si.
E o poema do Ferreira é de uma melancolia prenhe de beleza. Ou , talvez, de uma beleza prenhe de melancolia?
Melhor, acho, não racionalizar.
Beijo !
"A poesia é incomunicável"
ResponderExcluir(Drummond)
Usha, vou corroborar seu aparte citando Manoel de Barros - poeta que ambas admiramos e a quem já tive a oportunidade de entrevistar :
ResponderExcluirPara entender nós temos dois caminhos:
[o da sensibilidade que é o entendimento
do corpo;
e o da inteligência que é o entendimento
do espírito .
Eu escrevo com o corpo .
Poesia não é para compreender,
[mas para incorporar .
Entender é parede; procure ser árvore.
.........
Por aqui, deixando os braços de Momo ... snif
Beijos,
Adriana