quinta-feira, 17 de abril de 2008

o dia vai morrer aberto em mim



Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.

O dia vai morrer aberto em mim.


(Manoel de Barros -- Livro sobre nada -- Record, 1996)

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