
Luiz Martins da Silva
(para Sandra Fayad)
Creio seguir mutações
De inspirações vegetais.
São alquimias transgênicas
De gerações digitais.
Pois estou ramificando
Brotos, cachos, flores, galhos;
E até humores fluindo
Das raízes até o orvalho.
Pois nem sei ainda a forma,
Se rasteira ou copadora,
Também não é certa a idéia
De espinho a causar dores.
Mas tento entender a origem,
Tamanha a metamorfose,
De humanizar-me em ramagens
Que me pulsam em novos gozos.
E para viver nesse mundo,
De pássaros por testemunha,
Desdobro em ramos meus dedos;
Enrolo em gavinhas as unhas.
Já ensaio as conivências,
(Segredos da Terra e do Céu)
Detalhes da nova imanência
Que aprende das abelhas o mel.
Mas porém se me antevejo
Com semblante de outro reino,
Saibam: o coração é o mesmo,
O sangue é que virou seiva.
Obrigada, Luiz.
ResponderExcluirSe sou merecedora de tão bela poesia, realmente não sei. Sei que você é muito generoso, genial e daqueles amigos que nos enchem de orgulho e admiração.
Beijos
Nice post thank you Jay
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